Síndrome do ovário policístico: entenda as causas, sintomas e tratamento

Síndrome do Ovário Policístico SOP


Autora: Dra. Adriana Campaner
Médica ginecologista

Os ovários são órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e estrogênio. Outra função dos ovários é a produção e armazenamento dos óvulos, que, a cada mês, são liberados na tuba uterina, geralmente no meio do ciclo.

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é caracterizada por um distúrbio endocrinológico que acomete mulheres em idade reprodutiva, ou seja, enquanto elas ainda estão no período menstrual.

Aumento dos hormônios masculinos e alterações menstruais estão entre os sintomas ligados à condição.

O que é síndrome do ovário policístico?

A Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio endocrinológico muito comum que acomete mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada por alterações físicas, hormonais e menstruais. Seu tratamento é simples e deve ser sempre acompanhado por um médico.

Existem diferenças entre a Síndrome do Ovário Policístico e o cisto no ovário, que podem gerar confusão, porém, tudo depende do tamanho e da quantidade de cistos que são identificados.

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O que causa a síndrome do ovário policístico?

A causa da SOP ainda não é totalmente conhecida. Alguns autores acreditam que é um distúrbio genético, outros acreditam em fatores metabólicos, alterações hormonais, entre outros.

Ainda não se sabe ao certo se ocorre alguma alteração nos ovários, ou se faz parte de um distúrbio do sistema nervoso central, que não produz os hormônios de forma correta.

Quais são os sintomas de síndrome do ovário policístico?

A mulher costuma a apresentar alguns sinais clínicos na síndrome do ovário policístico, como:

  • Aumento dos pelos faciais, seios e abdome;
  • Surgimento de acne no rosto ou no corpo;
  • Alterações menstruais (nos casos de SOP é comum as mulheres relatarem que ficam sem menstruar por um grande período);
  • Aumento dos hormônios masculinos, que podem ser identificados em exames de sangue.

Para obter um diagnóstico preciso de Síndrome do Ovário Policístico, a paciente deve apresentar pelo menos dois desses sinais e sintomas.

Quem tem síndrome do ovário policístico pode engravidar?

As mulheres que possuem síndrome do ovário policístico podem ter dificuldades em engravidar devido à ovulação inadequada ou anovulação, que é a ausência dela.

Porém, quando a mulher se compromete com o tratamento médico, essa condição pode ser revertida.

Quais são os riscos de não tratar o ovário policístico?

O tratamento da condição é essencial, pois evita as complicações que a síndrome pode causar. A SOP não tratada pode gerar infertilidade, distúrbios hormonais, desenvolvimento de outras doenças no futuro, como resistência à insulina e diabetes, além de poder apresentar alguma disfunção no endométrio e até mesmo o desenvolvimento de câncer nesse tecido.

Como é feito o diagnóstico?

Quando a mulher relata esses sintomas ao médico, é necessário que seja realizada uma investigação minuciosa para descartar outras doenças, como distúrbios endocrinológicos, alteração de tireoide, disfunções da hipófise (glândula localizada no sistema nervoso central), desordens na produção de hormônios da suprarrenal ou, até mesmo, tumores produtores de androgênios (tumores ovarianos).

Para um diagnóstico preciso, é necessário coletar a história da paciente, que deve relatar pelo menos dois dos sinais e sintomas descritos acima. Além disso, é essencial a realização da ultrassonografia pélvica ou transvaginal para identificar os cistos no ovário e o exame de sangue para avaliar o aumento dos hormônios masculinos, bem como descartar outros problemas.

Como é feito o tratamento?

O tratamento principal para síndrome do ovário policístico é a prescrição da pílula anticoncepcional pelo ginecologista, pois ela bloqueia a ovulação e, com isso, é possível organizar os hormônios.

Essa medicação também melhora os aspectos da pele, diminuindo o crescimento de pelos e acne.

Quando a paciente tem o desejo de engravidar e não consegue, o ginecologista pode indicar um remédio indutor de ovulação, que faz com que a mulher ovule e organize os ciclos menstruais.

Existem outros tratamentos e remédios especiais para pacientes que já desenvolveram alterações endocrinológicas, pré-diabetes, resistência à insulina ou, até mesmo, a diabetes propriamente dita.

É recomendado que as pacientes consultem regularmente o ginecologista e, ainda mais importante, realizem os exames ginecológicos o profissional venha a solicitar.

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