A hepatite na gravidez é uma grande preocupação para as futuras mamães. A infecção pode ser perigosa tanto para gestantes, que podem desenvolver complicações no fígado, quanto para o bebê, pois há riscos de a mãe passar para o filho durante o parto se estiver excretando o vírus nessa época.
A boa notícia é que a doença é prevenível por vacinação. Entenda melhor sobre quando deve se imunizar e ter uma gestação e um parto seguros.
O que a hepatite B pode causar na gravidez?
Pode ocorrer a transmissão vertical da hepatite B da mãe para o bebê durante o parto, devido ao contato do bebê com sangue e secreções que estejam contaminadas pelo virus. Isso acontece em 10% a 20% das mulheres que são soropositivas para o HBsAg. Entre as pacientes que são positivas para o HBsAg e também para o HBeAg, a possibilidade de transmissão atinge os 90%. Portanto, é de extrema importância realizar a testagem de gestantes durante o pré-natal e, caso necessário, realizar a profilaxia para a prevenção da transmissão vertical.
As crianças apresentam maiores chances de desenvolver a forma crônica da hepatite. Quando têm menos de um ano, esse risco pode chegar até 90%, entre um e cinco anos, varia entre 20% e 50%.
Além disso, gestantes portadoras de qualquer tipo de hepatite viral devem ser acompanhadas regularmente por médicos especialistas.
Quando tomar vacina da hepatite B na gravidez?
A vacina contra hepatite B é recomendada para todas as gestantes suscetíveis e deve ser administrada em três doses, no esquema de 0-1-6 meses.
Toda criança deve receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 12 horas após o nascimento.
Para os recém-nascidos, cuja mãe é HBsAg-positiva, além da dose da vacina, deve ser administrada uma dose de imunoglobulina contra o vírus da hepatite B (HBIG) para o bebê não desenvolver a infecção. Nos próximos seis meses subsequentes, as duas outras doses da vacina devem ser administradas na criança.
Quem tem hepatite B na gestação pode ter parto normal?
Sim, pode. Apesar da possibilidade da exposição ao vírus pelo contato com sangue e secreções maternas na passagem pelo canal de parto, a administração da vacina hepatite B e da imunoglobulina contra o vírus da hepatite B (HBIG) ao nascimento impedem que o recém-nascido se infecte.