O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens. Para a detecção precoce dessa e de outras condições, o exame de PSA total e livre tem papel crucial. Confira a seguir os casos em que o exame é solicitado, quais doenças ele ajuda a diagnosticar e como é a forma de preparo.
PSA total e livre: o que é e para que serve o exame?
O exame de PSA total e livre é fundamental para a detecção precoce do câncer de próstata, possibilitando a identificação da doença antes mesmo do aparecimento de sintomas.
Além disso, esse exame pode detectar outras condições, como inflamações e infecções na próstata, incluindo a hiperplasia prostática benigna, ou seja, o aumento da glândula da próstata que ocorre com a idade e que ser um precursor do câncer.
PSA significa Antígeno Prostático Específico, uma proteína produzida pela próstata. A principal função do PSA é a liquefação do fluido seminal após a ejaculação, transformando o sêmen de uma consistência espessa e gelatinosa para uma forma líquida.
Níveis elevados de PSA no sangue podem indicar a presença de câncer de próstata, já que essa proteína é produzida pelas células da glândula prostática.
PSA Total e livre: diferenças
O PSA no sangue pode estar presente em duas formas: ligado a proteínas ou não ligado. Por isso, ele é dividido em duas categorias, conforme explicamos a seguir.
PSA total
Representa a concentração total do PSA no sangue, sendo a soma do PSA livre e do PSA ligado a proteínas.
PSA livre
É o PSA que circula no sangue sem estar ligado a proteínas.
Em resumo, quando os níveis de PSA total estão acima do normal, um urologista pode recomendar a medição do PSA livre para uma avaliação mais detalhada das condições da próstata.
Doenças que podem ser detectadas com o auxílio do exame PSA total e livre
Conforme explicamos anteriormente, o PSA pode detectar:
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Câncer de próstata: tipo de tumor maligno que afeta a próstata, uma glândula presente nos homens, sendo mais comum a partir dos 60 anos. É o segundo tipo de tumor mais frequente entre os homens, perdendo apenas para os cânceres de pele.
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Hiperplasia prostática benigna: é uma condição que geralmente começa a se desenvolver entre os 40 e 45 anos. Para homens com mais de 70 anos, essa probabilidade sobe para 90%. Em resumo, o risco de desenvolver hiperplasia prostática benigna aumenta à medida que o homem envelhece.
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Prostatite: termo geral utilizado para descrever a inflamação ou infecção da próstata. Essa condição pode surgir de forma repentina, conhecida como prostatite aguda, ou persistir de maneira silenciosa por meses, ou até anos, sem apresentar sintomas, sendo chamada de prostatite crônica.
Portanto, o exame de PSA é importante para identificar problemas na próstata que podem, direta ou indiretamente, afetar a saúde sexual e contribuir para a disfunção erétil.
Vale ressaltar ainda que, além do PSA total e livre, a ressonância magnética de pelve também é usada para a detecção e caracterização de lesões suspeitas na próstata, incluindo câncer e hiperplasia prostática.
Como o exame é feito?
O exame de PSA é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue, um processo que normalmente leva de 5 a 10 minutos.
A frequência com que o exame deve ser repetido depende dos resultados obtidos e será determinada pelo seu médico.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens com histórico familiar de câncer de próstata comecem a fazer o exame aos 45 anos. Para os demais, a recomendação é iniciar aos 50 anos.
Como é o preparo para um exame de PSA total e livre?
Para realizar o exame de PSA total e livre, não é necessário jejum. No entanto, é importante seguir estas recomendações:
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Evitar relações sexuais ou masturbação nas 48 horas (dois dias) que antecedem o exame.
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Não praticar atividades físicas intensas, como caminhadas, corridas na esteira, ou exercícios pesados, nas 48 horas antes da coleta.
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Evitar dirigir longas distâncias, seja de carro, moto ou bicicleta, antes do exame.
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Não consumir bebidas alcoólicas nas 72 horas que precedem o exame.
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Autor: Dr. Daniel Faria, patologista clínico da Dasa
