Caroço no pescoço: o que pode ser, diagnóstico e tratamento

Caroço no pescoço


Autor: Dr. Guilherme Avanço 
Médico Oncologista

 

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Caroço no pescoço é um sintoma que pode estar atrelado a diversas condições médicas. Na maioria dos casos, trata-se de linfonodos provenientes de inflamações e infecções. Contudo, é importante analisar as características da lesão e realizar uma boa avaliação clínica, laboratorial e de imagem para o diagnóstico acertado e o direcionamento do tratamento adequado.  

 

Caroço no pescoço: o que pode ser? 

O aparecimento de um caroço no pescoço é bastante frequente. Na maioria dos casos, é decorrente de um linfonodo, também chamado de gânglio linfático, que encontra-se aumentado ou com inchaço.  

Essa condição é popularmente conhecida como íngua. Podem ser indolores ou causar alguma dor ou desconforto.  

Como os linfonodos fazem parte do sistema de defesa do organismo, sofrem alterações em decorrência de algumas doenças, sendo mais comumente relacionados a processos inflamatórios ou infecciosos. Algumas das causas mais comuns são:  

  • alterações dentárias; 

  • amigdalite; 

  • otite; 

  • infecções virais locais (como gripe ou resfriado).  

Conforme esse processo é resolvido, o linfonodo diminui progressivamente até voltar ao tamanho habitual, sem necessitar de tratamento específico. Em alguns casos, pode ainda permanecer com o tamanho um pouco alterado, sem que isso indique alguma alteração preocupante.  

Por outro lado, o linfonodo que permanece aumentado ou cresce merece avaliação detalhada para excluir outras causas, inclusive neoplasias.  

Doenças que causam caroços no pescoço incluem doenças de pele, como cisto sebáceo, alterações congênitas, alterações na tireoide ou mesmo doenças autoimunes, como a sarcoidose.  

Outras infecções, como a mononucleose, HIV ou tuberculose também podem causar aumento de linfonodos. Glândulas salivares aumentadas de tamanho por infecções ou obstrução de sua drenagem também podem ocasionar massas na região cervival.  

Quando a causa é associada a neoplasias, podem ser secundários a câncer das estruturas próximas na cabeça e no pescoço (seios da face, nasofaringe, boca, orofaringe, laringe ou tireoide) ou a neoplasias hematológicas, como os linfomas.  

Eventualmente, também podem ser secundários a metástases de câncer em órgãos mais distantes, como do câncer de mama
 

Caroço no pescoço que se move 

Os linfonodos móveis geralmente indicam um processo benigno, secundário a inflamação ou infecção, principalmente quando têm consistência habitual. Na grande maioria dos casos, ocorre resolução do quadro sem necessidade de intervenção médica.  

Diferentemente, quando têm consistência dura e são fixos, ou seja, não se movem quando tentamos manipulá-los, podem estar associados a algum tipo de câncer. 

Caroço no pescoço que dói 

Geralmente a dor é decorrente da inflamação do linfonodo, que pode causar inchaço e torná-lo bastante sensível. Mais uma vez, a grande maioria dos casos é decorrente de um processo inflamatório ou infeccioso. Conforme a infecção é resolvida, a dor diminui progressivamente, assim como o seu tamanho. 

Caroço no pescoço pode ser câncer? 

Quando o linfonodo tem consistência mais dura ou é fixo, pode estar relacionado a algum tipo de câncer. Alterações locais na pele, como vermelhidão ou escurecimento, também são suspeitas. Casos em que o caroço não desaparece com o passar do tempo ou aumentam progressivamente de tamanho também necessitam de avaliação cuidadosa.  

Além disso, outros sintomas podem trazer a suspeita de relação com um câncer:  

  • dor ou dificuldade para engolir; 

  • rouquidão e engasgos frequentes; 

  • cansaço excessivo

  • mal-estar; 

  • perda de peso; 

  • febre e sudorese noturna; 

  • múltiplos gânglios aumentados pelo corpo.  

A suspeita também ocorre em pessoas com histórico de tabagismo ou etilismo, já que esses vícios aumentam consideravelmente o risco de câncer de cabeça e pescoço. 

Qual especialista procurar? 

A avaliação inicial pode ser feita por qualquer médico. São avaliadas as características do linfonodo: localização, tamanho, consistência, se é móvel ou fixo. Também são analisadas a pele, nariz, boca ou ouvidos a procura de alterações que indiquem a causa dessa alteração, além da investigação de sintomas sugestivos de alguma doença ou fatores de risco para o câncer.  

Nos casos em que há relação com processo inflamatório ou infeccioso, o tratamento da causa geralmente levará a resolução do caroço no pescoço. Em casos suspeitos, é indicada avaliação por médico especialista na área (oncologista, cirurgião de cabeça e pescoço ou otorrinolaringologista), para avaliação detalhada e, eventualmente, realização de biópsia. 

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Exames para diagnosticar caroço no pescoço 

Na avaliação inicial, além do exame físico acima descrito, podem ser realizados exames laboratoriais, como hemograma, VHS, sorologias e exames de imagem como ultrassonografia cervical.  

Quando há a suspeita de câncer, é realizada avaliação cuidadosa das estruturas do pescoço (cadeias linfáticas, boca, garganta, nariz e ouvidos) para identificar a sua localização inicial, inclusive realizando exames para visualização direta dessas estruturas, como a nasofibrolaringoscopia.  

Na identificação de uma lesão suspeita em algum desses locais, é feita uma biópsia. Quando não é encontrada uma lesão sugestiva de câncer, eventualmente é realizada a biópsia do próprio linfonodo. Confirmado o câncer, é necessária avaliação com exames laboratoriais e de imagem, que podem incluir ultrassonografia, tomografias, ressonância magnética ou PET-CT, para identificar a extensão da doença e definir programação de tratamento. 

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