Vulvovaginite, conhecida comumente como vaginite, é a condição médica cuja ocorre uma inflamação na vulva e na vagina da mulher.
Pode causar sintomas, como coceira, ardor, dor e entre outros e há diversas causas que podem desencadear essa inflamação. Seu tratamento varia de acordo com o agente causador.
O que é a vaginite?
A vaginite se trata de uma inflamação que acomete a vagina e vulva. Isso ocorre devido a uma infecção genital. Além disso, pode causar também a inflamação do colo do útero, a cervicite.
Quais os principais sintomas da vulvovaginite?
Por ser uma inflamação na vagina que se estende para a vulva, algumas pacientes podem relatar sintomas, como:
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Secreção de cores variadas;
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Coceira;
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Ardor;
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Dor para ter relação sexual, que ocorre devido a inflamação;
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Sangramento durante a relação sexual;
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Dor no baixo ventre (sintoma menos frequente).
Vaginite: quais as causas mais comuns?
A vaginite é uma condição importante que necessita de auxílio ginecológico. Ela pode ser dividida em: causas infecciosas, ou seja, por bactérias, fungos e etc., e causas não infecciosas.
Quais os diferentes tipos de vaginite?
Em relação as causas não infecciosas, podemos citar a mais comum: a vulvovaginite alérgica, onde a paciente usou um creme e teve uma alergia ou mesmo pelo uso de preservativo, por exemplo.
Já em relação as causas infecciosas, as principais são a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase. Essas três são responsáveis por 85% a 90% dos casos de vaginite.
Além das causas citadas acima, outros agentes infecciosos podem causar diversos tipos de infecção.
Vaginite causada por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
A tricomoníase, provocada por um parasita, Trichomonas Vaginalis, é uma infecção transmitida sexualmente que causa um quadro sério de vulvovaginite. Outro sinal que indica a condição é o corrimento amarelado ou esverdeado que sai em grande quantidade, bolhoso e com forte odor.
Demais ISTs, como clamídia e gonorreia, representam de 10 a 15% dos casos de vaginite.
Vaginite causada por vaginose bacteriana
A vaginose bacteriana é uma infecção causada principalmente pela bactéria Gardnerella Vaginalis, junto com outras bactérias aeróbias. Isso ocorre, pois, os lactobacilos que defendem a vagina diminuem, fazendo com que as bactérias aeróbias cresçam. Geralmente a vaginose causa um corrimento em pequena quantidade, acompanhado de um odor de “peixe podre” que piora com o tempo.
Vaginite causada por candidíase
A candidíase é uma infecção geralmente causada por fungo, a Candida. Vem acompanhada de corrimento branco e espesso, que se assemelha com nata de leite, além de causar muita coceira. Acontece principalmente na véspera da menstruação e está associada queda da imunidade, por exemplo quando a paciente está fazendo uso de antibiótico ou mesmo após algum quadro infeccioso. É comum no verão após passar um longo tempo de com roupas de banho, biquini e maiô molhados e assim por diante.
Como evitar a vaginite?
Para evitar a vaginite, o ideal é ter uma higiene vulvar adequada e usar calcinha de algodão ou com fundo de algodão. Sobre a higiene, só deve ser feita por fora, de frente para trás e com sabonete neutro, uma vez que as bactérias presentes no ânus podem afetar as demais regiões. Outro detalhe é que não se deve fazer duchas vaginais, para não retirar os lactobacilos protetores do ambiente vaginal.
Durante a menstruação, a mulher deve tentar trocar ao máximo o absorvente. Já quando utiliza absorvente interno ou coletor menstrual, recomenda-se trocar ou lavar a cada 3 ou 4 horas. Esses procedimentos são capazes de reduzir as chances de vaginite/vaginose.
É importante relembrar que algumas inflamações ocorrem via contato sexual, portanto, usar preservativo e ter cuidado com os parceiros é fundamental.
Lembramos neste tópico a importância de manter seus exames preventivos, como Papanicolau, em dia, evitando diversas complicações.
Qual o tratamento indicado?
O tratamento dependerá do tipo de infecção. Por exemplo, a candidíase é tratada com antifúngico, a vaginose é com antibiótico, e para a clamídia e a gonorreia são necessários antibióticos diferentes.
O ideal é que a paciente não trate sozinha, pois, muitas vezes pode achar que tratou sem tratar de fato, causando complicações futuras.
Recomenda-se que a paciente vá ao ginecologista assim que possível para diagnosticar e tratar a condição da melhor forma possível.
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Autora: Dra. Adriana Campaner - ginecologista