Autora: Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto
Infectopediatria e Médica consultora em vacinas da Dasa
Os sintomas de HPV feminino podem ser representados por lesões clínicas ou subclínicas. Entenda:
Lesões clínicas: são verrugas na região genital ou do ânus. Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou elevadas. Geralmente essas verrugas são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
Lesões subclínicas: esses tipos de lesões podem ser causados por tipos de HPV de baixo e alto risco para o desenvolvimento do câncer. Não são visíveis a olho nu e podem aparecer nos mesmos locais das lesões clínicas.
É importante ressaltar que mulheres, mesmo que já vacinadas, não devem deixar de realizar o exame de Papanicolau, pois existem outros tipos de HPV contra os quais a imunização não confere proteção. Além disso, o médico pode indicar outras complicações através do exame.
Agende a aplicação da sua vacina contra o HPV.
Existe cura para o HPV em mulheres?
Não há cura para o HPV, porém existe como tratar o HPV para controlar a doença. Estima-se que, em torno de 95% das pessoas que contraem HPV, o sistema imunológico é capaz de eliminar completamente o vírus, sem apresentar quaisquer sinais da doença no corpo humano.
Vacina HPV Nonavalente: qual a importância da prevenção?
A vacina HPV nonavalente é a forma mais segura e eficaz de prevenir infecções causadas por 9 subtipos do vírus.
Recomenda-se que todas as pessoas a partir dos 9 anos de idade se vacinem para evitar cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina e do ânus, ocasionados pelos tipos de HPV 52, 45, 33, 31, 18, 16 e 58, além de também prevenir infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 52, 45, 33, 31, 18, 16, 11, 6 e 58.
Leia também: HPV no homem tem cura?
Os sintomas de HPV na mulher são diferentes daqueles que aparecem no homem?
Não, na maioria dos casos o HPV é assintomático em ambos os sexos, mas podem aparecer sintomas como lesões em forma de verrugas na região genital feminina ou masculina. Além disso, as lesões podem se manifestar em áreas de conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.
Como saber se tenho HPV?
Como dito anteriormente, o HPV pode não ter manifestações clínicas. A vacina contra HPV é a principal forma de prevenção contra a doença e é importante manter os exames de rotina sempre em dia.
O HPV na gravidez pode prejudicar meu bebê?
Mesmo que haja a presença do HPV na gravidez, é incomum que os bebês apresentem sinais da doença, mesmo que contaminados pelo vírus. A boa notícia é que as lesões da papilomatose laríngea são causadas pelos HPVs 52, 45, 33, 31, 18, 16, 11, 6 e 58, que são preveníveis com a imunização pela vacina HPV nonavalente.
O obstetra deverá analisar a localização das lesões da gestante e definir se deve ser feito o parto normal ou cesariana para que o bebê não tenha contato direto com a área contaminada.
Posso tomar a vacina HPV na gestação?
Não, as duas vacinas HPV disponíveis são contraindicadas na gestação. Uma mulher que iniciou o esquema de vacinação e engravidou deve interromper a vacinação para HPV e retomar o esquema quando o bebê nascer. Não há necessidade de refazer nenhuma dose, só completar as que estiverem faltando.
Agende a aplicação da sua vacina contra o HPV.
Fontes
http://www.saude.gov.br/images/pdf/2017/dezembro/07/Perguntas-e-respostas-HPV-.pdf