Pé diabético: sintomas, fases e tratamentos

pé diabético

 

Autora: Dra. Roberta Frota Villas Boas - endocrinologista

 

A diabetes é uma doença bastante comum que afeta o organismo de forma sistêmica. Quando está descontrolada, podem surgir algumas complicações para o indivíduo. Entre elas, está o pé diabético

Se não for tratada rapidamente, a condição se agrava e pode evoluir para amputação, nos casos mais graves. 

A seguir, veja detalhes sobre o pé diabético, principais sintomas e formas de tratamento.  

 

O que é pé diabético? 

O pé diabético é uma complicação que ocorre em quem tem diabetes há vários anos e sem controle adequado.  
 
O indivíduo com diabetes pode acabar perdendo a sensibilidade nos pés, o que aumenta as chances de formar feridas indolores nessa região, e acaba retardando a busca por tratamento. Essa ferida pode ser agravada por uma infecção e, em casos mais graves, pode levar à amputação de parte do pé ou até mesmo da perna.  

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O que causa o pé diabético? 

Pessoas com diabetes podem ter uma condição chamada neuropatia periférica diabética, que reduz a sensibilidade da pele e dos nervos nas extremidades.  

O pé diabético pode surgir quando há ferimentos que se agravam em decorrência de má circulação e dessa perda de sensibilidade. 

Essas feridas surgem, por exemplo, por causa de um sapato muito apertado, por traumas ao cortar as unhas, por pisar em algum corpo estranho no chão (cacos de vidro, farpas, pregos), por queimaduras, picadas, entre outros fatores.  

Como a pessoa perde a capacidade de sentir dor ou sensibilidade nos pés, é comum que demore para buscar tratamento, o que aumenta o risco de infecção e agrava a situação.  

 

Quais são os sintomas? 

Muitas vezes, o pé diabético evolui de forma silenciosa. É comum que a pessoa passe semanas ou meses com uma ferida aberta sem buscar ajuda, uma vez que ela não sente dor ou desconforto.  

Porém, em algumas situações, a pessoa com diabetes apresenta alguns sinais que podem sugerir a presença de maior risco para ter o pé diabético. 

Nesses casos, entre os sintomas, estão:  

  • Fraqueza nas pernas; 
  • Formigamento frequente; 
  • Queimação nos pés e tornozelos; 
  • Dor e sensação de agulhadas; 
  • Perda da sensibilidade nos pés;  
  • Feridas que demoram a cicatrizar. 

 

Quais cuidados os diabéticos devem ter para evitar problemas com os pés? 

Para prevenir o pé diabético, o primeiro passo é que o indivíduo mantenha o controle da glicemia (açúcar no sangue).  

Além disso, algumas atitudes do cotidiano contribuem para manter o pé saudável. Entre elas, estão: 

  • Usar sapatos confortáveis e preferencialmente fechados;  
  • Não usar meias com costura 
  • Após o banho, deixar os pés bem secos 
  • Hidratar os pés regularmente;  
  • Cortar as unhas regularmente, de maneira reta e evitar retirar a cutícula;  
  • Evitar ficar muito tempo com as pernas cruzadas para não obstruir o fluxo sanguíneo nos membros inferiores;  
  • Observar qualquer alteração no pé; 
  • Realizar consultas médicas regulares. 

 

Quais são as fases do pé diabético? 

De forma geral, quando há uma ferida no pé, as alterações do pé diabético são divididas em fases ou graus. Veja detalhes abaixo:  

  • Grau 0: sem úlcera, mas com potencial para aparecimento; 
  • Grau 1: úlcera superficial, sem infecção aparente; 
  • Grau 2: úlcera profunda, com inflamação das células; 
  • Grau 3: úlcera profunda com abscesso (pus); 
  • Grau 4: gangrena localizada;  
  • Grau 5: gangrena em todo o pé, com possibilidade de amputação. 

 

Como é o tratamento para pé diabético? 

 
O tratamento do pé diabético varia de acordo com o grau das lesões. Quando as feridas não estão infeccionadas, o médico pode optar pela limpeza e o uso de curativos especiais diariamente.  

Já no caso de infecção, é preciso usar antibióticos por via oral ou endovenosa, dependendo da circulação sanguínea do indivíduo. Em algumas situações, o indivíduo precisa de internação, já que as úlceras não cicatrizam. 

Em situações mais graves, é indicada uma cirurgia na região afetada para ajudar na cicatrização. No entanto, quando a lesão é extensa, pode ser preciso recorrer a amputação do membro ou parte do pé. Por isso, a prevenção é fundamental para evitar chegar a essa situação extrema.  

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