Histerossalpingografia (HSG): Conheça o exame que investiga a infertilidade feminina

Histerossalpingografia (HSG)

 

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A Histerossalpingografia é um exame importantíssimo para diagnosticar possíveis problemas encontrados nas tubas e cavidade uterina. Conheça mais sobre como é feito o procedimento e os mitos e verdades sobre ele.


O QUE É HISTEROSSALPINGOGRAFIA?

A histerossalpingografia é um exame cujo propósito é a investigação da infertilidade feminina, que gera muitas dúvidas sobre como é feito e quais são os possíveis resultados.


Ele pode ser realizado no laboratório Salomão Zoppi na Unidade Paraíso - (Rua Correia Dias, 136 - Vila Mariana)

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COMO É FEITO O EXAME HSG?

O exame é realizado por meio da introdução de contraste na cavidade uterina com uso de um cateter muito fino e flexível, que é inserido no orifício externo do colo uterino, sem  causar lacerações locais, dor ou sangramento, pois não há pinçamento ou tração do colo. O contraste é injetado lentamente, preenchendo a cavidade uterina, percorrendo o interior das tubas até extravasar na cavidade pélvica. 
Todo esse processo é realizado em uma máquina de Raio-x, que permite a visão direta do procedimento e da anatomia do útero e das tubas uterinas, identificando qualquer tipo de alteração que possa interromper encontro do espermatozóide com o óvulo que será fecundado.


COMO É O PREPARO DO EXAME HISTEROSSALPINGOGRAFIA?

Para realizar o exame são necessários alguns cuidados.
O exame só poderá ser realizado em um período curto no mês, entre o 6° dia  e o 12° dia do ciclo menstrual, e não pode haver sangramento.  
No dia que antecede o exame, a paciente será orientada a tomar um laxante, para que seja possível visualizar com clareza o útero e as tubas.
Antes do procedimento, o especialista recomendará que a paciente tome alguma medicação para minimizar qualquer desconforto potencial. Normalmente são utilizados anti-inflamatórios e/ou antiespasmódicos.


O QUE O EXAME PODE IDENTIFICAR?

O exame de Histerossalpingografia é capaz de identificar as potenciais causas que possam contribuir para infertilidade tais como  obstruções, alterações morfológicas tubárias, aderências envolvendo a região tubo-ovariana ou no interior do útero (sinéquias) e nódulos  intrauterinos, tais como pólipos ou miomas.
Além disso, o exame também é sugerido para investigar a causa de abortos de repetição e partos prematuros, que podem ser decorrentes de alterações  mofológicas uterinas congênitas ou adquiridas.

OBSTRUÇÃO DAS TUBAS

A obstrução das tubas é um dos principais motivos da infertilidade. Entenda sobre:


É POSSÍVEL ENGRAVIDAR COM AS TUBAS OBSTRUÍDAS?

Não. Não é possível engravidar quando há obstrução completa das tubas ou, ainda, muitas aderências que dificultam o processo da captura do óvulo e fecundação. 


O QUE PROVOCA OBSTRUÇÃO DAS TUBAS?

As principais causas da obstrução tubária são as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e a endometriose.


QUAIS AS CHANCES DE ENGRAVIDAR DEPOIS DA HISTEROSSALPINGOGRAFIA?

O exame não tem como objetivo desobstruir as tubas, mas, sim, identificar se elas estão saudáveis e aptas a executar seu papel no processo de fecundação.

Em alguns casos a gravidez ocorre nos primeiros meses seguintes ao exame, após a passagem do contraste, pois são removidos eventuais obstáculos como micro pólipos, cristais ou rolhas de muco, que estavam dificultando a passagem do espermatozóide.

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MITOS E VERDADES SOBRE A INFERTILIDADE E O EXAME DE HISTEROSSALPINGOGRAFIA


Respostas pela Dra. Cassia Domit – Especialista em Diagnóstico por Imagem do Salomão Zoppi.


A INFERTILIDADE ATINGE APROXIMADAMENTE 15% A 20% DA POPULAÇÃO.

VERDADE! Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um em cada cinco casais têm dificuldades para engravidar, precisando de ajuda especializada. 

 

APENAS A IDADE DA MULHER INTERFERE NA FERTILIDADE?

MITO! De fato, quanto mais avançada a idade, tanto nos homens quanto nas mulheres, maiores são as chances de alterações na produção e na qualidade dos óvulos e espermatozoides. Porém, outros fatores, além da idade, como tabagismo, etilismo, drogas, grande ganho ou perda de peso e estresse emocional e físico, também podem interferir diretamente na fertilidade.

 

NORMALMENTE, ENGRAVIDAR APÓS OS 30 ANOS NÃO GERA QUALQUER DIFICULDADE OU CONSEQUÊNCIA.

MITO! Já existem muitos tratamentos que minimizam os riscos de uma gravidez após os 30 anos. Mesmo assim, as consequências envolvem alterações na formação do embrião, risco maior de abortos e de síndromes genéticas. 

 

EM GERAL, AS CAUSAS DE INFERTILIDADE ESTÃO DISTRIBUÍDAS IGUALMENTE ENTRE HOMENS E MULHERES.

VERDADE! Pode-se dizer que é atribuída por volta de 30% para os homens e outros 30% para as mulheres, somando 60% das causas conhecidas de infertilidade. Os outros 40% se enquadram como causas indeterminadas, ou seja, quando a infertilidade não apresenta causa aparente identificável.

 

O ÚNICO FATOR FEMININO PARA INFERTILIDADE É A DIFICULDADE PARA OVULAR?

MITO! Além desse fator, existem as alterações anatômicas nas tubas provenientes do comprometimento por endometriose ou por infecções sexualmente transmissíveis.


A HISTEROSSALPINGOGRAFIA É UM MÉTODO DIAGNÓSTICO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA NA AVALIAÇÃO DO CASAL INFÉRTIL.

VERDADE! O exame é realizado, em especial, nas pacientes que possuem dificuldade para engravidar, sendo capaz de fornecer dados valiosos que irão auxiliar na decisão de qual tratamento poderá ser adotado. O exame visa demonstrar o trajeto que o espermatozóide percorre para encontrar o óvulo, avaliando critérios que favorecem a infertilidade. 

 

FAZENDO A HISTEROSSALPINGOGRAFIA A MULHER IRÁ ENGRAVIDAR.

MITO! Há sim relatos de mulheres que engravidam logo após a realização do procedimento, devido à remoção de eventuais micro obstáculos como diminutos pólipos ou cristais de muco, que estavam dificultando a passagem do espermatozóide. 

 

A HISTEROSSALPINGOGRAFIA CONSEGUE DIAGNOSTICAR AS POTENCIAIS CAUSAS DE UMA INFERTILIDADE?

VERDADE! O exame identifica potenciais causas que possam contribuir para infertilidade, tais como obstruções e alterações morfológicas tubárias, aderências envolvendo os anexos, sinéquias e tumorações intra uterinas, que são diagnosticadas no decorrer do exame. 

 

A HISTEROSSALPINGOGRAFIA CAUSA DOR NA MAIORIA DAS MULHERES

VERDADE! Muitas mulheres relatam experiências negativas e dolorosas na realização do exame. No entanto, o uso de novas técnicas, materiais e medicamentos, reduziram consideravelmente  a dor e o desconforto sentido pelas pacientes. 

A especialista Dra. Cássia Domit, desenvolveu um método especial que ameniza a dor e o desconforto. "Essa técnica de não pinçamento nem tração do colo uterino e sem uso de cânulas metálicas rígidas, removeu da equação os dois maiores fatores negativos que historicamente acompanham o exame: medo e dor, que são indissociáveis, um retroalimentando o outro e interferindo diretamente na realização do exame e, consequentemente, no resultado final", explica Dra. Cassia Domit, referência médica especialmente nos casos em que a fertilidade e a realização do sonho de engravidar estão em risco. 

 

A HISTEROSSALPINGOGRAFIA NÃO É SUGERIDA PARA AVALIAÇÃO DE MULHERES COM ENDOMETRIOSE PROFUNDA.

MITO! O exame é indicado geralmente na avaliação pré e pós-operatória de mulheres com diagnóstico de endometriose profunda, na qual geralmente ocorre importante comprometimento das tubas uterinas, seja por lesões diretas nessas estruturas ou por aderências na cavidade pélvica e nos entornos tubários prejudicando a captação do ovulo e a fecundação.

 

A HISTEROSSALPINGOGRAFIA DEVE SER REALIZADA UMA SEMANA APÓS A MENSTRUAÇÃO E ANTES DA OVULAÇÃO, ENTRE O 6º E O 12º DIA DO CICLO MENSTRUAL.

VERDADE! Para pacientes que não menstruam por bloqueio hormonal ou uso de DIU, a histerossalpingografia pode ser feita em qualquer fase do ciclo menstrual. Quando o intervalo entre as menstruações for maior que 35 dias, o exame poderá ser feito após uma triagem, na qual será solicitado o teste de gravidez.

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Autora: Dra. Cassia Domit – Especialista em Diagnóstico por Imagem do Salomão Zoppi

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